sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Dread Brother

Dread que acende
E as...cen...de
Dread imponente
Que embola
Que rola
Que enrola
Que dá bola
Ou uma bola?
Dread zoado
Descolado
Do bongô sonado
Do forró dançado
Dread Loa
Lockout
Local
Loquaz
Dread paz
Dread lógico?
Ih, lógico!
Dread logo
Longo sorriso
Louco de longa
Lon-ga-me-tra-gem...
Dread loróta
Lótus
Lona
lombra...
Dread love
Dread Lóc
Dread ló!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

E fui dormir...

Confusa
traidora, intrusa
cruel destruidora
que abusa
das vontades e armas
que usa
da contraditória
que me faz musa
e que talvez
aos outros induza
na busca incessante
e que não chega,
as asas da borboleta,
pois o casulo não me deixa
e presa
coleciono ansiedades,
tristezas...
O mundo me espreme
num irreal sentido de moral
que quer me despir
e confesso não querer sucumbir
mas o semblante
cansado e cadavérico
teima em surgir
me fazendo deprimir
quando à noite
na sombria e fúnebre
escassez do abajour
as respostas não vêm.
Forço a vista ainda sã
para escrever a angústia vã
que retornará rotineiramente
na noite de amanhã
e depois
e depois
e depois...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Carioca "à francesa"

Sonhos foram feitos para serem investidos
curtidos
aproveitados
mesmo que para darem errado
Na qualidade de sonho,
não existe regra
Errado é não tentar,
não lutar, não curtir
o que de tão belo nos faz sorrir e até chorar
cantar para os males espantar...
Sermos convictos de que apostar é viver
e relativo é ganhar
e que vem do cultivo das boas relações de amizade
e amor a nos guiar.
Aquele que não sonha, não tem cor
nem olor
é um infantil gerenciador
da solidão
sem teto, sem chão...
Quando sonhamos somos fortes
somos belos,
temos rumo e direção
Somos aquarela
arco-íris,
sentilnelas do otimismo e da perseverança
Somos crianças
nos divertindo no sobe e desce das gangorras da vida
gargalhamos do escorrega e seu frio na barriga
Suamos correndo atrás da pipa
Obstáculos?
Quem disse que a pipa cai sempre em campo aberto?
Portanto vá, sonhe!
O mundo é grande e te espera
com sua bagagem e ousadia
para deixar sua impressão digital todos os dias
nesta pequena jornada do viver.
Mas lembre-se,
de nunca esquecer-se de nós
que enviamos um pedacinho de nossos corações
em uma das caixas
para que quando o mundo disser "não"
você possa abri-la e encher-se
de amor e carinho ternos e eternos.

Boa viagem menina, boa viagem!

*Homenagem à grande amiga Flávia.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

The Dream is Over

Um lindo presente
singelo, sutil e delicado
com imprudência
e fitas prateadas
adornado
Rejeitá-lo?
Um pecado...
Carinho não se rejeita,
pelo contrário,
se aceita
compartilha
e se tem cuidado.
Então o aceitei
com ele me enfeitei
me deleitei
e linda fiquei
Mas,
devolvo-o agora
com demora
por não querer vê-lo ir embora
mas devolvo-o
porque suas fitas reluzentes
são brilhos inconsequentes
que me deixam inconsciente
impotente...
Desistir me dói
corrói
me deixa insone
E agora choro
como criança de colo
querendo o que não se pode ter
Tento descrever
e escrever
não me ausentará
da triste sentença
de te perder
Mas desabafo em linhas precisas
e pensamentos tortos
meu martírio mórbido
e não sórdido
de abrir mão
pela correta decisão.

domingo, 17 de agosto de 2008

Sua pequena... grande insensatez!

Olhar persistente
lábios ardentes
pensamentos indecentes
gosto que gosto de gostar...
Cheiro que cheiro
pele que beijo
ar que falta, ar.
Jogo que jogo
derrota que não olho
porque o gostoso é conquistar.
Sou o que sou
vou no que vou
sem medo de errar.
A ousadia
que me faz amanhecer o dia
a digitar,
que me deixa em demência
pensando em você
sem mensurar.
Quero sua boca em meu pescoço
seu apogeu no meu
quero porque quero te querer
mas nem tão perto assim...
Linha tênue,
erro
Linha tênue,
pecado
Linha tênue,
você em mim enroscado.
Esta vai pra você
que viu meu sangue ferver
por onde seus beijos passaram
que me causou apnéia,
dispnéia,
frisson,
e todos os sentidos que me faltaram
quando seus braços me pegaram
me roubando o beijo inevitável.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Vida louca vida

Uma vida é pouco para tudo o que preciso.
Ler todos os livros
ver todos os filmes
conhecer o mundo...
Amar, amar e amar
sem cobranças
sem lar.
Curtir, viajar
É pouco para rir
ou chorar
Ouvir músicas
voar
No espelho se ver
envelhecer
transcender...
Uma vida é pouco para te encontrar
porque a vida nos desencanta
na mesma velocidade e reciprocidade
que encanta.
Vamos dançar no tempo
vamos em direção ao vento
vamos nos abraçar
e vou dizer
que uma vida é pouco
para externar
toda alegria que há aqui dentro
em meu peito batendo
e espalhando todo amor e vontade de ficar
após o tempo regulamentar
só pra rir mais um pouquinho
dessa vida louca vida.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Encontros e Reencontros

Zero horas.
Ponto de partida,
saída para o prazer.
Pele hidratada;
sainha plissada
tez maquiada.
Lábios brilhantes
odores provocantes
olhares flechantes.
Bebidas divertidas
luzes coloridas
gente bonita
Noite carioca.
As estrelas, o mar, o redentor,
Braços sempre abertos para a liberdade.
iluminismo,
psicodelismo,
Boa idade.
A música agita,
o músculo vibra
o corpo expressa
toda a sensualidade.
Calor, instinto, rubor.
Minha dança é sua
é pra te chamar
é pra seu beijo provar.
Suas mãos que me envolvem
em canções,
invasões.
Seu cheiro,
Seu beijo,
Meu desejo...
O sol nos saúda
E digo que te amo.
Amo...

terça-feira, 27 de maio de 2008

Aurora em São Tomé












Aquarela celeste
nascente
leste
Vermelho quente
Rosa o rosto de quem olha
Verde
pequenas montanhas
que me suspendem.
Branco
nuvens ondas
mantas de mar imaginárias.
Roxo
frio que castiga a ponta do meu nariz
presente na florzinha,
atriz,
que finge estar quentinha.
O negro,
universo agora imerso,
é azul
de ponta a ponta;
de cabo à rabo;
de norte à sul.
O amarelo
vem do horizonte
bola de fogo,
ofuscante
Paraíso ascendente
que me deixa estupefata,
dormente,
inerte como as pedras que me acomodam.
Trio letrado
Sol,
Soberano Olho Latente,
de são;
de letras;
de doidão.
Olho do Pai,
que dá bom dia
nos abençoa e nos guia
por esta cidade fantasia
São Tomé das Letras.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

...











Sala, som

saxofone no gramophone

meu corpo jogado ao chão.

Só eu na escuridão

pensando, pensando...

A mente

quente telão

projeta loucuras

paixão, suor, tesão.

O filme chega ao fim

solidão.

O sal de agora,

lágrimas de momento são.

Adormeço,

amanhã é outro dia.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Eólico












O vento eriça meus cabelos

E é ele quem vos fala.

Mas não é só minha tão bela dádiva.

As copas das árvores

felizes,

se põem a balançar.

Soltam suas folhas filhas

a rodopiarem pelo ar

Cata-ventos de luar.

Sempre artista

faz do céu, lar.

Usa portas e janelas para assobiar

ou, um bater replicante de telhas

a me chatear.

Na noite de hoje,

agradável, quente, coisa rara.

Em muitas outras

cortante, implicante

a me congelar.

Com você,

a terra é vida, movimento.

As aves se põem a planar;

o barco a velejar;

a areia a cegar;

a energia inteligente a gerar;

o mensageiro a tocar;

e tudo o mais ser

sensível,

singular.



quarta-feira, 16 de abril de 2008

Inverso do verso

Eu sou o verso cantado
o inverso malgrado
a nota macia e harmônica
a sílaba tônica
da palavra poesia.
Sou rosa galanteada
de espinhos adornada
para me defender.
Sou dúvida ativa
e diva,
de sorriso largo e olhos amendoados.
Sou mutante,
camaleoa,
a teimosia em pessoa
que dispensa o insignificante.
Sou leveza, pureza e maldade
que engendra momentos de felicidade
e devora a castidade.
Sou judas,
que trai a minha própria santidade
me entregando à vontade
aos beijos de volúpia.
Não sou quebra-cabeças
pois não tenho início,
nem fim,
então, não tentes me prender em mim.
Sou pássaro livre
que outros horizontes avista e almeja
na certeza de chegar.
Não sou patricinha
nem qualquer coisinha
sou colcha de retalhos, popular
reciclável e colorida
um pouco moderna
um pouco antiga
graciosa e criativa.
Não sou só
nem acompanhada
sou de onde tiver vida,
oxigênio, alegria.
Sou inteira e não dividida.
E não descarto,
se um dia de fato
no imerso universo da rotina
eu ser o inverso
o contrário,
do meu próprio verso.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Constante











Minha alma roubada
Dilacerada
Desmantelada...
Minha concepção
Até então imaculada
É invadida
Molestada.
Não existe fôrma pré-moldada
Para a semente plantada
Que sem pudor é germinada
E virando flor
Exala o olor
Da paixão inesperada.
Moro assim,
Na filosofia do sim
Que transborda a esperança
Pelo beijo em estopim
Que ao chegar
Minha alma devolverá
Fazendo jus ao seu lugar
Devolvendo a vida em poesias
Para que possas declamar.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Terça










Teus braços em mim
Bruma macia que me enlaça
dimensão que distancia
a rejeitada solidão.
Nada preciso provar
Apenas ficar
Do seu carinho me alimentar
Com sorriso e pureza
O mundo movimentar.
Falar tanto até ficar muda
e em seu colo
Adormecer...
Ser, crescer, pagar pra ver
Cumplicidade ter, e;
Nada temer.
Dançar, tentar, chorar
E tudo ser chama
Que chama sem machucar.
Fitar seu sono
Criança em homem
Lindo, dócil, apaixonante.
Respirar seus sonhos mais simples
E sem sufocar, apenas ser mais.
Com a paz em mim,
Sorrir.
Almejar laços de paixão
Cuidar de ti.
Uma terapia intensiva de amor
Para nos completar
E a vida ganhar
De tanto amar-te.

terça-feira, 4 de março de 2008

Em par









Diante de mim,
o céu.
Azul resplandecente,
que brada a beleza
num bailado intermitente no ar.
Seu brilho vem do cristal estrelar
Meu olhar renitente
o fita sem pestanejar
Letárgico, frouxo, prostrado,
sem chance de disfarçar.
Num solilóquio poético
entre a razão e a utopia
me foge a conclusão.
O real,
paramentado de sonho.
Uma inquieta indecisão
torna o celeste em escuridão.
E mais uma vez,
me contento então.
Não me falhas a intenção
mas não me apresso não.
Estarei sempre a contemplar,
incognitamente fascinante
o céu,
meu azul em par.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Tardinha











Vida
Arco-íris
Belezas multicoloridas
Alegria, alegria!
Se doar todos os dias
Emoção maior
Canção em sol, não em dó
Estender as mãos
única direção
O bem.
Saltitar,
Lançar o corpo ao ar
Deixar a paz sustentar
E a luz irradiar.
O cabelo ao vento quero deixar
O sorriso no rosto estampar
Ao mal não dar lugar
E canções singelas entoar.
Ter olhos de criança
Alimentar a esperança
Humanizar.
Ter felicidade por ser feliz
Nas tardes simples ser aprendiz
Andar na mansidão da benignidade
E assim ser, ao meu próximo;
num infinito contagiar.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Anseios











Os olhos pesam
descem
deslizam lacrimejantes
Atinjo o inconsciente
delírio demente
A luz ausente
me permite sonhar
criar asas
voar
concatenar anseios
Atordoante desejo antigo
materializado no novo
assim posso esperar
Encontrar o rubor da insensatez
e tuas falas decorar
Oh, paixão escondida!
Que tripudia e me evita
por favor me permita
quero dançar na aurora brilhante
refletida em meus olhos
me deleitar no calor e no acelerar do miocardio
e ser tão involuntária quanto
Venhas tu, ó cruel ausente
me envolver em teus beijos incansáveis
e puramente amáveis
que me tira o chão dos pés...
Suspenda-me com tua força
deixe que adormeça em teus braços que me afagas
permita-me remeter às quimeras do teu ser
e nos arredores da vida
dedicar meu bel prazer
ao doce favo do amor.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Uva líquida
















Insanamente eu bebo vinho.
Mas na taça cabe mais,
Muito mais que um líquido alucinante.
Dou mais um gole
Que me gela a boca
Esquenta a alma
Induz...
No baixo bate meu coração
Acelerado, ligado, vidrado.
Espero um beijo que não vem
Do sol na lua,
Estúpida
Solitária
Sozinha como eu.
Apartamento pequeno
Pra tanta vontade...
De idade
Que é fugaz.
Amadurece
no desejo amargo
Disfarçado
De doce.
Solidão.
A cama?
Vazia.
A cozinha?
Nem de dia.
No banheiro?
Água fria.
Será que o sol irradia?
O vinho acabou.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Luz da Noite













Minuciosamente o relógio aponta um ângulo de 90° graus.
90° graus do lado oposto.
É noite,
Hora de celebrar meus pensamentos.
Proponho um brinde!
Brindo o silêncio que me permite sorrateiramente...
concatenar palavras.
O estouro da garrafa de champagne,
a taça, a espuma hipnotizando...
um bom e velho blues no rádio.
Cenário perfeito para "poetisar".
Abro a janela e um vento catabático invade sem pedir licença.
Me toma, me toca, induz ao suspiro.
No céu, um olho brilhante me observa,
único, sublime, feiticeiro.
Me rendo às quimeras da noite.
Noite...
Desejo dos amantes, dos músicos, dos solitários.
Procurada, desejada e odiada,
a mais misteriosa e enigmática das mulheres.
Noite longa para os que a esperam,
efêmera aos que dela degustam.
Enquanto adoço a boca, ela passa,
enquanto escrevo, ela passa...
dança, brinca, disfarça.
Meus pensamentos fogem do foco,
tomam um atalho inesperado.
Me pego esperando o telefone tocar...
desvio o olhar quase conseguindo enganar.
Instinto, audácia, anelo...
Me ponho a viajar nas escalas do indevido.
Perigo!
Pensamentos inconstantes,
saudade intolerante...
Hora de respirar.
E num instante racional e sutil penso:
Hora de parar.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

TEXTURAS

Não te preocupes em me decifrar,
sou costurado com a linha da ambigüidade,
vestido de discursos de calar.
Não procure em mim suas verdades
minha bainha não foi feita,
toco em todas as texturas.
Minha cor não foi eleita,
sou camaleão sem cura.
Sou verso de intuição,
pergunta possível,
tentativa de explicação.
Meu verso é repleto de possibilidades,
não possuo seqüência,
não possuo métrica.
Sou cúmplice da dualidade,
rima anacrônica perdida na realidade.
Não te preocupes em me decifrar.

(Gabriela Marcondes)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Juízes?

Julgamos conhecer os outros
Conhecer os sentimentos
Na verdade somos loucos
Se nem a nós conhecemos


Julgamos discernir a própria felicidade
Então a aceitamos com os erros e falsidades
Utopia pobre e mentirosa
Impossível ser feliz sem liberdade


Julgamos ser livres, confinados no mundo “eu”
Apostando opiniões e ideais estipulados
Mas, como alcançar pleno êxito em tais convicções,
Se, pelo abuso do poder, somos todos manipulados?


Julgamos saber sonhar com nossos direitos
Abençoados com armas de nossa própria vaidade
Quando só venceremos menosprezando falsos efeitos
Então, não passamos de meros covardes.


Julgamos ter sempre as razões
E com ela, nos tornamos fortes para camuflar nossa crueldade
Tão fortes, porém maleáveis, nos rendemos ao orgulho
Que destrói essa tão desejada humildade.


Julgamos saber julgar...
Fingindo pena por nos sentirmos ameaçados
Nossa culpa nos entristece
Afinal, juízes ou condenados?


Em versos de Weslei GP

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Gente

Aqui, lá, acolá
Por todo lugar...
A se movimentar está.


Gente que se arrisca;
Imprudente.





Que se apaixona;
perdidamente.










Que se expõe;
Indecente.




Que rouba sonhos;
Delinqüente.






Que quebra a cabeça;
Inteligente.



Que digladia;
Insolente







Gente que implora por gente;
Carente.





Gente que quer, quer, quer...;
Incessantemente.







Gente que ora às seis horas;
Religiosamente




Que não corre, apenas caminha;
Calmamente









Gente que sorri;
Só ri




Gente que não é gente;
Indigente





Gente que se abraça;
Fraternalmente


Gente autoritária,
Gente que manda e desmanda;
Intransigente









Que ama e simplesmente ama;
Incondicionalmente


Gente que gera gentileza;
Bondosamente









Gente que toca, que dança,
que exala notas e encanta;
Musicalmente




Gente feliz,
Que não espera,
Que faz acontecer







Que ama a si e reverencia a vida,
Diariamente







Gente...
como a gente.







Ilustrado por Sandro Farias.


quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Santa, querida, Teresa!


Uma leve brisa acaricia Santa.
Oh, Santa!
Delicada,
Sagrada;
Profana...
Santa dos pássaros, do verde e das Ikebanas.
Santa democrática
Dos Punks, Hippies e Baianas,
Do Brasil, da França, Italiana.
Santa musical, Boêmia, sensual.
Do sambinha na praça;
Do forrozinho que encaixa;
Do reggae na boa.
Santa do bondinho amarelinho,
Fotografado e disputado,
Do olhar curioso e encantando de seus turistas
A deslizar sobre os arcos.
Santa ímpar;
eminente;
Charmosa e romanticamente atraente.
Santa literária,
Poética,
Artesanal.
Santa rústica
De épicas e antológicas luminárias,
Do sapê,
Dos bares multicoloridos,
Das zonas norte, sul, oeste e favelada,
Da embolada,
Do samba de roda;
Da Piña Colada.
Santa de minh’alma, és tu,
Por mim devotada,
Bairro do meu coração,
Minha dócil,
Santa Teresa!


quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Poesia



De alegria
De dor
De nostalgia
Dos amantes e amadores.
Poesia carnal, fatal, visceral.
De chama boêmia
Dos copos que brindam,
Dos corpos que brincam,
Das falas arrastadas,
Dos encontros e desencontros.
Do blues, da bossa, do acorde qualquer.
Do profundo e do superficial.
Poesia de noite,
Poesia de dia;
todo dia.
Poesia de amor, de ódio, de saudades...
Simples, complexas, completas.
Poesia falada, cantada, escrita;
De um suspiro dispensado no ar,
Que acerta a certa receita do encantamento.
Poesia malandra
De rua, becos e quebradas.
Poesia de criança,
Dos brinquedos, das cirandas,
Das fábulas fantásticas,
Do lúdico e puro espírito infantil.
Poesia de trabalhador
Da marmita ao restaurante
Do macacão ao terno
Do suor ao suor, na labuta,
O mesmo valor.
Poesia de amizade
De feliz irmandade
De fidelidade e companheirismo.
Poesia de todos nós,
Poetas e poetisas
De hoje e de outrora,
Agraciados pela magia da simplicidade.