quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Uva líquida
















Insanamente eu bebo vinho.
Mas na taça cabe mais,
Muito mais que um líquido alucinante.
Dou mais um gole
Que me gela a boca
Esquenta a alma
Induz...
No baixo bate meu coração
Acelerado, ligado, vidrado.
Espero um beijo que não vem
Do sol na lua,
Estúpida
Solitária
Sozinha como eu.
Apartamento pequeno
Pra tanta vontade...
De idade
Que é fugaz.
Amadurece
no desejo amargo
Disfarçado
De doce.
Solidão.
A cama?
Vazia.
A cozinha?
Nem de dia.
No banheiro?
Água fria.
Será que o sol irradia?
O vinho acabou.

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