terça-feira, 4 de março de 2008

Em par









Diante de mim,
o céu.
Azul resplandecente,
que brada a beleza
num bailado intermitente no ar.
Seu brilho vem do cristal estrelar
Meu olhar renitente
o fita sem pestanejar
Letárgico, frouxo, prostrado,
sem chance de disfarçar.
Num solilóquio poético
entre a razão e a utopia
me foge a conclusão.
O real,
paramentado de sonho.
Uma inquieta indecisão
torna o celeste em escuridão.
E mais uma vez,
me contento então.
Não me falhas a intenção
mas não me apresso não.
Estarei sempre a contemplar,
incognitamente fascinante
o céu,
meu azul em par.

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