segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Anseios











Os olhos pesam
descem
deslizam lacrimejantes
Atinjo o inconsciente
delírio demente
A luz ausente
me permite sonhar
criar asas
voar
concatenar anseios
Atordoante desejo antigo
materializado no novo
assim posso esperar
Encontrar o rubor da insensatez
e tuas falas decorar
Oh, paixão escondida!
Que tripudia e me evita
por favor me permita
quero dançar na aurora brilhante
refletida em meus olhos
me deleitar no calor e no acelerar do miocardio
e ser tão involuntária quanto
Venhas tu, ó cruel ausente
me envolver em teus beijos incansáveis
e puramente amáveis
que me tira o chão dos pés...
Suspenda-me com tua força
deixe que adormeça em teus braços que me afagas
permita-me remeter às quimeras do teu ser
e nos arredores da vida
dedicar meu bel prazer
ao doce favo do amor.

Nenhum comentário: