quarta-feira, 23 de março de 2011

Minha Sintonia

É aquela que vem
Que não avisa
Que convém por não te ter
Que ela mesma, a saudade, se anuncia

É ela que me corrói
Que come na mão das horas
Que divagam em minha parede
Minuto a minuto a ter sede de você

Meu médico, minha bula, minha cura
Meu arquiteto do vento
Que em seus olhos me atento
E quente...me rendo...

Lábios incansáveis
Desejos imensuráveis
Vertigem, viagem
Sonhos, delírios, realidade.

Me encaixo
Me acho
Me parto ao meio
No abraço, na pegada...

Ai, a pegada...!
Firme, faceira, carinhosa
Que desvia do espinho da rosa
E levita em seu perfume por toda a noite

E depois de tudo
Ouvir o violão ou violino,
Descansar em seu colo de menino,
pra todo o sempre

Na rede, na praia, na grama
Onde quer que se faça
É a paixão que me chama
Pro endereço que é só seu

Só seu pra me levar...

Fabíola 

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