quarta-feira, 23 de março de 2011

Minha Sintonia

É aquela que vem
Que não avisa
Que convém por não te ter
Que ela mesma, a saudade, se anuncia

É ela que me corrói
Que come na mão das horas
Que divagam em minha parede
Minuto a minuto a ter sede de você

Meu médico, minha bula, minha cura
Meu arquiteto do vento
Que em seus olhos me atento
E quente...me rendo...

Lábios incansáveis
Desejos imensuráveis
Vertigem, viagem
Sonhos, delírios, realidade.

Me encaixo
Me acho
Me parto ao meio
No abraço, na pegada...

Ai, a pegada...!
Firme, faceira, carinhosa
Que desvia do espinho da rosa
E levita em seu perfume por toda a noite

E depois de tudo
Ouvir o violão ou violino,
Descansar em seu colo de menino,
pra todo o sempre

Na rede, na praia, na grama
Onde quer que se faça
É a paixão que me chama
Pro endereço que é só seu

Só seu pra me levar...

Fabíola 

Eu quero sim

Eu posso estar em devaneio. E talvez, estar como Cazuza cantou “esperando alguém que caiba nos meus sonhos”, mas a verdade é que, estou mesmo! E quando você vier...

Quero uma rede na varanda
Um banho de lua
Ouvir a vida na viola.

Quero um sorriso sem hora
Uma desculpa esfarrapada que não cola
Um olhar encontrado no verde das montanhas

Quero em ti, uma criança brincando
Um adulto zoando tanto quanto
Uma lágrima de saudade

Quero inocência e maldade
Um Blues na meia-noite
Uma ligação pra me chamar...de linda da tarde

Quero entrar na festa errada
Andar fora da calçada
E rir. Dar muita risada.

Quero conhecer música
E mostrar música
Quero ser a sua música.

Quero poesias lascivas no chuveiro
e castas no silêncio do amanhecer
Quero deixar a poesia prevalecer.

Quero freios que parem meu jipe
E surpresas em coisas simples
Um bilhetinho colorido
Um eu te amo baixinho no pé do ouvido

Quero todos os sorrisos e carinhos
Tudo isso e mais um pouquinho
Tudo em você pra mim
Tudo pra você de mim.

Fabíola