O vento eriça meus cabelos
E é ele quem vos fala.
Mas não é só minha tão bela dádiva.
As copas das árvores
felizes,
se põem a balançar.
Soltam suas folhas filhas
a rodopiarem pelo ar
Cata-ventos de luar.
Sempre artista
faz do céu, lar.
Usa portas e janelas para assobiar
ou, um bater replicante de telhas
a me chatear.
Na noite de hoje,
agradável, quente, coisa rara.
Em muitas outras
cortante, implicante
a me congelar.
Com você,
a terra é vida, movimento.
As aves se põem a planar;
o barco a velejar;
a areia a cegar;
a energia inteligente a gerar;
o mensageiro a tocar;
e tudo o mais ser
sensível,
singular.