Confusa
traidora, intrusa
cruel destruidora
que abusa
das vontades e armas
que usa
da contraditória
que me faz musa
e que talvez
aos outros induza
na busca incessante
e que não chega,
as asas da borboleta,
pois o casulo não me deixa
e presa
coleciono ansiedades,
tristezas...
O mundo me espreme
num irreal sentido de moral
que quer me despir
e confesso não querer sucumbir
mas o semblante
cansado e cadavérico
teima em surgir
me fazendo deprimir
quando à noite
na sombria e fúnebre
escassez do abajour
as respostas não vêm.
Forço a vista ainda sã
para escrever a angústia vã
que retornará rotineiramente
na noite de amanhã
e depois
e depois
e depois...
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
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